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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

VENCENDO A TENTAÇÃO

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Mateus 26:41.
Quando uma pessoa nasce de novo segue-se certa euforia logo após a descoberta do que significa estar em Cristo. Entretanto, quando a tentação surge, desaparece a euforia, e com frequência o regenerado sucumbe. Torna-se confuso e fica imaginando como é que pode ser tentado, se Cristo mora dentro dele. Normalmente os que são tentados ficam imaginando algo como: “Se Cristo está em mim, como é que eu pude ser tentado daquele jeito? Como é possível eu abrigar os pensamentos que me sobrevêm?” Devemos entender que a tentação não é pecado. Jesus Cristo foi tentado em todas as coisas assim como nós. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Hebreus 4:15.
Jesus, o Homem perfeito, impecável, conheceu a tentação em todas as áreas da vida, de todas as maneiras, como ocorre conosco. Tal compreensão nos convenceria, finalmente, que ser tentado não é pecado; entretanto, cristãos em número incontável se autocondenam porque sentem o chamado da tentação. A avaliação exata do que é a tentação nos livrará de estar em constante luta contra ela. O que é tentação? Tentação é apelo forte para que voltemos às trevas. É apelo à nossa humanidade, aos nossos apetites físicos, às reações normais de nossas emoções e racionalizações. Tiago nos demonstra passo a passo o processo da tentação: Cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Tiago 1:14.
A palavra “cobiça” em geral vem associada ao mal. Contudo, na realidade cobiça significa simplesmente “desejo ou paixão”, que são anseios normais para a nossa carne humana. A palavra “seduzir” sugere a ideia de “atrair com boa isca”, que é o vocabulário próprio de caçadores e pescadores. Significa, literalmente, “enganar mediante uma isca”. Uma vez que concebemos a cobiça, ela d´a luz o pecado que gerará a morte. Tiago 1:15 Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.
Quando utilizamos palavras como “seduzir” e “isca”, imediatamente pensamos em estímulos, excitação, em atração na direção de algo. O âmago da tentação é que nossos desejos humanos são atraídos fortemente na direção de algo existente no mundo. Tiago nos diz que isto não é pecado. Só se torna pecado quando o desejo concebe, ao passarmos da reação à decisão, a fim de perseguir com deliberação o que desejamos. Irmãos, tudo o que há no mundo se constitui um perigo para o filho de Deus. Tiago 4:4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
Nós não recebemos corpo ressurreto quando Cristo vem morar em nós; continuamos a manter ainda todos os apetites físicos normais e comuns ao gênero humano. Ainda sentimos fome, sede, atração sexual, e sentimo-nos cansados após longo dia, exatamente como Jesus se sentia. Se viciamos nosso organismo com drogas ou com álcool antes de termos recebido a Cristo, não será incomum o corpo sofrer alguns retrocessos e enviar mensagens ao cérebro solicitando alívio para as tensões, como o fazia antes. Por isso as Escrituras nos exortam em Tito 3:3 Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres.
Porém, existem muitos cristãos que usam máscaras em todas estas áreas, fingindo que não experimentam reações diante da vida. O fato é que tais cristãos estão entre os primeiros a desanimar-se espiritualmente, porque a pessoa não consegue viver na irrealidade. Quando uma pessoa deixa o Senhor, ela não tem mais prazer em se reunir como igreja, e para se justificar, ela cria uma série de argumentos contra os irmãos, contra a liderança e, se projeta como uma pessoa justa. Na realidade ela deixou-se levar pela tentação na qual ela está presa. Caíram na rede da tentação! Eclesiastes 9:12b. Como os peixes que se pescam com a rede maligna e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enlaçam também os filhos dos homens no mau tempo, quando cai de repente sobre eles.
Todo aquele que morreu e ressuscitou com Cristo é um com o Senhor numa perfeita união. Estando unido a Cristo, lá no âmago de seu ser o filho de Deus já não deseja pecar; deseja andar na justiça. Os pecadores não são tentados! Ainda estão nas trevas de seu pai, o diabo. A tentação só ocorre nas pessoas que deixaram o mundo. Como se livre do mundo? Encontramos a resposta em Gálatas 6:14 Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.
Quando vemos algumas folhas presas a um galho de árvore durante o inverno, sabemos que essas folhas já não constituem parte da árvore; morreram muitas semanas atrás. Mas na primavera a árvore disporá de tudo quanto não lhe pertence, e se revestirá de novas folhas, que são a expressão da nova vida. Colossenses 3:12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.

Ninguém resiste à tentação mediante força de vontade. Mas nós resistimos e a vencemos ao nos voltarmos para Cristo, nossa vida interior. Cristo é reconhecidamente a resposta positiva aos desejos que foram estimulados de maneira negativa. A tentação é o meio pelo qual permitimos que Cristo viva poderosamente em nós. O filho de Deus jamais diz “não” à tentação, mas diz “sim” a Cristo. Amém.

Assista os estudos em áudio no YOUTUBE:

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