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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

O AMOR EXTRAVAGANTE DE UM PAI

Continuou: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Lucas 15:11.
O Senhor contou a história do pai que tinha dois filhos. Aparentemente, ambos os filhos se irritavam com a disciplina que regia a administração da fazenda. Considerava o pai um feitor de escravos, em vez de o principal sócio da fazenda que logo mais lhes pertenceria. A atitude negativa desses filhos cegou-os, e eles não mais enxergavam o verdadeiro coração daquele homem; coração cheio de amor e bondade para com todos. O filho mais novo chegou-se ao pai e pediu-lhe a parte que lhe caberia como herança. Legalmente, ele não teria acesso à herança enquanto seu pai vivesse. Certamente a posse de uma herança não traz a benção de Deus. A posse antecipada de uma herança no fim não será abençoada. Provérbios 20:21.
Mas assim mesmo ele queria a sua parte. O filho pródigo está realmente dizendo ao seu pai é o seguinte: “Não aguento esperar até que você morra; quero meu dinheiro já!” Tais palavras produziriam golpe profundo no coração de qualquer pai, porque ele sabia que não seria abençoado. Mas mesmo assim o pai repartiu os haveres do filho mais moço.  E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente. Lucas 15:13.
A expressão “terra longínqua” significava, aos ouvidos israelitas, lugar bem longe do povo da aliança, entre os gentios. Estes eram desprezados e odiados pelos fariseus; por isso, já teriam julgado aquele jovem como não tendo a mínima esperança de salvação. Nas terras longínquas o dinheiro foi rapidamente desbaratado numa vida iníqua. E por infeliz coincidência, quando o rapaz percebeu que não tinha mais nenhum centavo, sobreveio grande fome àquela terra. Ei-lo agora miserável e morrendo de fome, à procura de emprego numa fazenda como guardador de porcos. Para o judeu, isto era o cúmulo da desonra, o ponto mais baixo a que poderia chegar uma pessoa. A lei levítica descrevia o porco como animal impuro e detestável. Tocar um porco, ou comê-lo, era a mesma coisa que participar de sua impureza, e tornar-se tão detestável quanto o próprio animal. Também o porco, porque tem unhas fendidas e o casco dividido, mas não rumina; este vos será imundo; da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver. Estes vos serão imundos. Levítico 11:7-8.
A pessoa que tocasse em porcos não mais seria recebida entre o povo da aliança. Porém um dia, ao contemplar seus farrapos e a imundícia em que estava, lembrou-se de algo a respeito de seu pai. Não parecia grande coisa, mas ele se lembrou de que o velho cuidava muito bem de seus empregados. Ele decidiu, então, ir a seu pai e pedir-lhe que fosse considerado como um de seus empregados. Antes, ensaiou o que iria dizer. Diria simplesmente que havia pecado contra Deus e contra seu pai, e pediria para ser considerado como um empregado diarista. Não fez promessas, não pediu uma segunda oportunidade para voltar a ser filho; ele simplesmente agiu segundo sua lembrança da bondade paterna no cuidado dos diaristas contratados. Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Lucas 15:17.
Por outro lado o seu pai aguardava a volta do filho, e diariamente examinava a estrada. No momento em que o filho surgiu no horizonte, o pai o viu. Não esperou que o moço chegasse em casa, mas correu a encontrar-se com ele, atirou os braços ao redor do corpo emagrecido que cheirava a porcos. E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. Lucas 15:20.
O amor do pai pelo filho era maior do que tudo quanto este fizera de ruim. Preocupava lhe o sofrimento pelo qual o filho poderia estar passando onde quer que estivesse, e apenas desejava tê-lo de volta em casa. Após abraçá-lo e beijá-lo, recusou-se a ouvir o filho pedir que fosse considerado um trabalhador diarista. Em vez disso, vestiu-o com o melhor trajo, calçou-lhe os pés com sandálias e colocou-lhe no dedo um anel! Em seguida, conduziu-o de volta à casa, para um banquete comemorativo de sua reinstalação na família, como filho. O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Lucas 15:22.
A nossa posição de filhos nunca pode ser mudada. Nós nunca vamos nos tornar trabalhadores, porque nós somos filhos. Quando o filho retornou o pai mandou matar o novilho, ou seja, ele é o pai que dá e dá e dá. Aquele novilho é uma figura do sacrifício de Cristo. Marcos 10:45 Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.

O filho não poderia ter mais nenhuma herança, porque ele gastou toda ela, mas o pai manda por um anel no dedo, que significa a herança da graça. Esse anel significa que o filho ainda é o seu herdeiro e agora de uma maneira muito maior, porque agora o filho viu e compreende quem é o pai. Mas o pai manda trazer sandálias para seus pés. Por quê? Porque somente os filhos usavam sandálias e não trabalhadores. Então agora o filho compreendeu que o seu pai o amava incondicionalmente. A lição que fica para nós é: Deus ama as piores pessoas, aquelas carregadas de problemas, que já não têm mais esperança. Deus não condena as pessoas pelos seus pecados, acusando-as sem piedade; em vez disso, ele abraça essas pessoas que ainda cheiram a porcos, ele as perdoa e as beija. Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. 1 João 3:1. Amém.

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