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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

PROFUNDA REFLEXÃO SOBRE A CHARIS DE DEUS

Os escribas dos fariseus, vendo-o comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam aos discípulos dele: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? Marcos 2:16.
Quando Jesus sentou-se no meio da escória da Galiléia para comer com aquela corja imoral, uma nova palavra começava a ser cunhada e incluída no vocabulário humano: graça. Já havia sido utilizada nos tempos do Antigo Testamento, porém, só recebeu definição completa, claríssima, em Jesus. Graça é palavra muito rica no vocabulário grego. Era usada nas ruas da Grécia e de Roma muito antes de o Espírito Santo incluí-la no Novo Testamento. A palavra grega para graça é charis. Graça é Deus dando e fazendo tudo a quem nada merece. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado. Romanos 8:3.
Quando os gregos saudavam-se uns aos outros, usavam a palavra charis. Iniciavam suas cartas com esta mesma palavra. Ela exprimia o desejo de que a vida da outra pessoa se enchesse de boas coisas, de beleza e alegria, de favores dos deuses. De modo semelhante, quando os cálices se tocavam nos bares ou num casamento, o brinde era: “charis para você!” Por expressar o coração de Deus, que nos deu a salvação em Jesus, charis era a palavra perfeita para ser incorporada ao vocabulário do evangelho. Os primitivos cristãos prosseguiram com o costume grego de iniciar suas cartas com a saudação charis; contudo, acrescentavam a autoridade e o poder. Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 2 Coríntios 1:2.
Entretanto, esse vocábulo necessitava expandir seu significado para poder descrever como Deus nos dá suas dádivas. A definição foi alargada, a fim de abranger a ideia não apenas de um favor concedido em retribuição, mas favor não merecido, favor que, na verdade, é o reverso do merecimento. Nós não merecemos as dádivas de Deus, e nada que fizéssemos nos habilitaria a recebê-las em retribuição, porém, Deus no-las concede, e isso é graça.  O evangelho é o convite para descansar em Cristo, para receber a dádiva não merecida que Deus nos concedeu no Filho. Nada existe que o homem possa fazer para ganhar a salvação, nem no passado, nem no presente. Trata-se, do princípio ao fim, da charis de Deus, que só pode ser recebida pela fé. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Efésios 2:8.
Deus não está à venda! As escadas que o homem constrói, e as regras que ele formula na tentativa de ascender a Deus; tudo isso constitui um insulto ao Deus-Ágape que a Si mesmo se dá graciosamente a todos. O espírito da religião enfurece-se contra o Deus que ama e dá-se a si mesmo por todos. A mente carnal insiste em que o homem ganha a aceitação de Deus mediante merecimento. Mesmo tendo graciosamente o perdão da parte de Deus, esse homem natural crê que precisa trabalhar agora, a fim de merecer e continuar recebendo o favor divino. Atos 15:11 Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram.
O corpo de verdades que proclama a revelação de Deus se chama Boas Novas, a saber, Boas Notícias. Notícia, por definição, é o anúncio de algo que aconteceu, não a lista de coisas que ainda estão para ser realizadas. Tudo quanto precisaria ser feito para que o homem vivesse em perfeita união com Deus já foi realizado por Jesus, em sua morte e ressurreição. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição. Romanos 6:5.
Nada mais restou ao homem a ser feito: não há escadas a galgar, nem montanhas a escalar. O cerne da vida cristã é permanecer maravilhado diante do amor e graça de Deus e dizer: “Obrigado, Senhor!” Assim voltarão os resgatados do SENHOR e virão a Sião com júbilo, e perpétua alegria lhes coroará a cabeça; o regozijo e a alegria os alcançarão, e deles fugirão a dor e o gemido. Isaías 51:11.
Muitas das histórias que Jesus contou foram motivadas em sua reação ao espírito que os fariseus expressavam quando estes viam o tipo de gente que Jesus aceitava. Tais histórias ilustram a maravilha de Ágape e de Charis, que fluem de Deus até nós. Colossenses 1:5-6: Por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade.
Um dia Jesus estava jantando com algumas das pessoas mais indignas, ou seja, os cobradores de impostos e outros tipos de companhia desaconselhável. Os fariseus desprezavam tais pessoas, chamando-as de “pecadoras”. Nos tempos bíblicos, o ato de tomar a refeição juntos significava mais do que satisfazer o apetite: tratava-se de um compromisso de amizade duradoura. Em outras palavras, era a promessa de estar presente quando o outro precisasse de você. Escandalizados, os fariseus murmuravam ao observar a cena: Jesus era escândalo para a religião! Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles. Lucas 15:1-2.

Jesus come com os pecadores e isso gera em mim motivo de contentamento, alegria, satisfação e ânimo. Cristo quebrou tabu. O primeiro é o de que Deus não pertence a um grupo seleto, a uma ala espiritual da igreja. Senta-se à mesa com quem quiser, principalmente se aqueles têm singeleza de coração e vontade de entregar suas vidas a Ele. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Apocalipse 3:20. Amém.

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