Porque,
todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do
Senhor, até que ele venha. 1 Coríntios 11:26.
A mesa do Senhor tem o propósito de dirigir
a atenção de todos aqueles que amam a Cristo, e as coisas que Ele instituiu, a
um interesse mais fervoroso e afetivo nesta importante e revigorante ordenança.
O bendito Senhor conhecia muito bem a inclinação dos nossos corações de nos esquivarmos
Dele, e uns dos outros, e pelo menos um dos Seus propósitos na instituição da
Ceia foi o de impedir esta nossa tendência. Ele desejava reunir o Seu povo em
torno da Sua bendita Pessoa; desejava pôr lhes uma mesa onde, tendo em vista o
Seu corpo ferido e o Seu sangue derramado, pudessem lembrar-se Dele e da
intensidade do Seu amor por nós. De
longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso,
com benignidade te atraí. Jeremias 31:3.
Amando como Ele nos amou, nós podemos
olhar adiante, para o futuro, e contemplar a glória da qual a cruz é o eterno
fundamento. Em Sua mesa, mais do que em qualquer parte, nós vamos aprender a
esquecer das nossas divergências e a amar-nos uns aos outros. Podemos ver à nossa
volta aqueles que o amor de Deus tem convidado para banquetear, os quais O Sangue
de Cristo os tem tornado idôneos para que ali em torno da mesa do Senhor
comparecessem. Comei e bebei, amigos;
bebei fartamente, ó amados. Cantares 5:1b.
A Ceia do Senhor é, portanto, pura e
simplesmente uma festa de ação de graças; de agradecimento por graça já recebida.
Louvor, e não oração é a expressão adequada àqueles que se sentam à mesa do
Senhor. É verdade que tenhamos muito pelo que orar, muito a confessar, muito
que lamentar, mas a mesa não é lugar para lamentações, mas de louvor. A ceia é uma celebração e as
Escrituras nos ensinam em Salmos 100:1. Celebrai
com júbilo ao SENHOR, todas as terras.
O Senhor nos convidou para a festa, e
ordenou que, apesar de todas as nossas deficiências, puséssemos a plenitude do
Seu amor e a eficácia do Seu sangue entre as nossas almas e tudo mais; e quando
o olhar da fé está ocupado com Cristo, não há lugar para nada mais. Se o meu
pecado for o objeto em vista e o que prende os meus pensamentos, é natural que
eu deva sentir-me miserável, pois estou olhando na direção exatamente oposta
daquilo que Deus ordena que eu contemple; estou recordando a minha miséria e
pobreza, que é exatamente o que Deus me manda esquecer. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades
e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar. Miquéias 7:19.
Naquele momento de profunda apreensão em
que nosso Senhor poderia estar triste pela morte na cruz que logo enfrentaria; o
Senhor Jesus pôde dar graças; o gozo que inundava a Sua alma era profundo
demais para ser perturbado pelas circunstâncias ao Seu redor. Lucas 22:19 E, tomando um pão, tendo dado
graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós;
fazei isto em memória de mim.
Ele sentiu gozo até mesmo nas pisaduras
e nos ferimentos de Seu corpo e no derramamento do Seu sangue, gozo esse que
está muito além do alcance da compreensão e do sentimento humano. E se Ele pôde
alegrar-se em espírito e dar graças ao partir aquele pão que deveria ser, para
todas as gerações futuras dos fiéis, o memorial do Seu corpo oferecido, não
deveríamos nós regozijarmos com isso, nós que estamos firmados nos benditos
resultados de toda a Sua obra e paixão? Sim, isso nos faz regozijar em meios
aos sofrimentos. 2 Coríntios 7:4 Mui
grande é a minha franqueza para convosco, e muito me glorio por vossa causa;
sinto-me grandemente confortado e transbordante de júbilo em toda a nossa
tribulação.
O vinho é o memorial de uma vida
derramada pelo pecado; o pão, o memorial de um corpo oferecido pelo pecado, mas
não estamos reunidos em torno de uma vida que foi entregue, nem de um corpo
oferecido, mas em torno de um Cristo vivo, que não morre mais, e cujo corpo não
pode ser oferecido outra vez, nem o Seu sangue ser derramado de novo. A obra da
cruz foi de uma vez por todas. Pois,
quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto
a viver, vive para Deus. Romanos 6:10.
Há muitos que pensam estar acrescentando
honra à mesa do Senhor quando se aproximam dela com as suas almas curvadas até
o pó, sob um sentimento do peso insuportável dos seus pecados. Tal pensamento
só pode provir do legalismo do coração humano, essa fonte sempre fértil de
pensamentos que são, ao mesmo tempo, desonrosos para Deus, desonrosos para a
cruz de Cristo, injuriosos para o Espírito Santo e completamente perturbadores
da nossa paz. Temas uma Pessoa que é a nossa paz e Ele nos dá uma paz perfeita.
João 14:27 Deixo-vos a paz, a minha paz
vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se
atemorize.
Há muitas heresias naquilo que concerne
a mesa do Senhor. Aqueles que participam da Ceia são os aprovados por Deus em
Cristo. Os “aprovados” permanecem em contraste com os hereges, ou aqueles que
faziam a sua própria vontade. Ora, o significado da palavra herege não é
meramente aquele que professa falsas doutrinas, se bem que alguém possa ser herege
por fazê-lo, mas trata-se de uma pessoa que persiste em fazer a sua própria vontade.
O apóstolo sabia que importava haver heresias em Corinto, vendo que havia ali seitas:
aqueles que estavam fazendo sua própria vontade agiam em oposição à vontade de
Deus, e assim causavam divisão, pois a vontade de Deus tinha a ver com todo o corpo.
Aqueles que estavam agindo hereticamente estavam desprezando a Igreja de Deus.
As heresias sempre vai haver e neste caso elas são fundamentais. Por quê? A
resposta encontramos em 1 Coríntios
11:19. E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros
se manifestem entre vós. Amém.
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